Com a colaboração de Helio Moreira, CEO da NewGrowing Branding & Design – Cultivando Marcas, o Link Jurídico apresenta 5 Tendências para advogados em 2022.
De acordo com uma matéria veiculada em 2019 no site StartSe, até 2032 teremos mais de 2 milhões de advogados no Brasil. O que equivale a 15 estádios do Maracanã lotados.
Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a cifra saltou de 1 milhão em 2016 para os atuais 1.237.932 milhões. Sendo que o número de advogadas superou o número de advogados. Na última atualização, o número de advogadas era de 610.369 e de advogados 610.207. Essa é a primeira vez na história que as mulheres representam a maioria dos profissionais da advocacia brasileira.
Diante desse cenário de mudanças, com o aumento de profissionais, surgimento de novos escritórios, isso proporciona um aumento significativo de possíveis concorrentes.
Chegou a hora de repensar sua atuação e começar a se preparar para o futuro. Focando em se adequar às novas tendências, como também às mudanças de hábitos de consumo.
O público mudou, suas exigências mudaram, as demandas jurídicas das pessoas físicas e jurídicas também mudaram.
Não dá para continuar oferecendo mais do mesmo, pois as consequências são certas. Ou você vai entrar na briga de preço, ou vai ter que se reposicionar e encontrar um ponto de diferenciação diante da multidão, para conseguir atrair o seu público e sobreviver a esse oceano vermelho 100% competitivo.
Todo mundo quer mudança, mas ninguém quer mudar. Os escritórios do passado, não serão os escritórios do presente. Assim como os profissionais do Direito do passado, não serão os profissionais do presente se não olharem para dentro e para as tendências e demandas do mercado. As mudanças são hoje e não no futuro.
O valor de um escritório ou de um profissional advogado, não está relacionado ao resultado futuro que ele é capaz de garantir aos seus clientes. Mas sim as atitudes presentes, que ele deve absorver para se posicionar e gerar valor.
Ego, Imponência, Ostentação, com escritórios em grande centros com mesas de mármores enormes, com salas isoladas para o grande feudo, usando ternos de grande grifes. Já faz parte do passado.
Os clientes do presente, realizaram mudanças em suas percepções nas formas de contratação dos serviços jurídicos. Não existem mais fronteiras, o correspondente não é mais um atributo, o networking não é a única fonte de prospecção. O que vale hoje é encontrar um posicionamento que torna você único, destacando seus principais atributos. Não pode ser só a qualidade. Não dá mais para ofertar todos os serviços, ser bom em tudo. Você vai precisar se adaptar às exigências do mercado e entregar um serviço com uma experiência marcante.
A recomendação, portanto, é observar e seguir as demandas da nova economia e o perfil das empresas/clientes. São novas maneiras de trabalhar, novos formatos e processos, assim como a relação entre cliente e escritório.
Como diria Lewis Caroll em um trecho de Alice no País das Maravilhas: “Se você não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve.” Se planejar para essas mudanças, fazendo as adequações corretas e construir uma marca forte alinhada com os seus principais atributos, de forma que gere valor percebido para o seu público-alvo nos principais pontos de contato, vai ajudá-lo a se destacar.
Realizar um trabalho sem a necessidade de estar presente. Isso se tornou via de regra para muitos depois que a pandemia de COVID-19 assolou o mundo. Portanto, deve se manter como uma tendência daqui para frente.
Cada vez mais profissionais de diversas áreas desempenham seu papel remotamente. Isso não será diferente no ramo do Direito. Inclusive proporcionando ferramentas que tanto o advogado quanto o cliente possam usar para ficar a par dos processos e trabalhos exercidos. O que pode gerar muita agilidade e redução de custos para ambos os lados.
A maneira com que as pessoas usam as redes mudou, especialmente porque agora temos a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Podemos dizer então que uma das áreas que deve mais crescer no ramo jurídico e da advocacia é a segurança de dados e a dos cibercrimes. Que pode ser chamada também de Direito Digital.
Podemos inclusive ver, em um futuro próximo, mais projetos de leis focados no assunto, levando em conta que essa é uma preocupação crescente (e um tanto sem controle ainda) no meio jurídico.
Basicamente, o Legal Design é uma outra tendência para advogados em 2022. Esta é uma forma de atuação baseada no Design Thinking. Ou seja, um método focado no cliente, que tem como foco oferecer soluções personalizadas e criativas.
São práticas que vão além do comum na hora de elaborar e formular processos. Permite uma relação mais próxima com os clientes – de uma forma até mais interativa e transparente, para que ele possa ter informação clara sobre o andamento do processo e facilitar a tomada de decisões.
Tornar os serviços jurídicos mais humanos e eficientes é o caminho. Por esse motivo, será essencial utilizar métodos que acompanham essas exigências do mercado. O Legal Design, tem como objetivo colocar o homem no centro de tudo e inseri-lo ao universo do direito, de forma que os problemas possam ser solucionados com criatividade e muita inovação. Uma mudança de mindset e a união de novos softskills, podem quebrar muitos paradigmas na área jurídica. Usar a colaboração e a empatia, poderá ser o futuro para esse mercado jurídico.
De acordo com uma pesquisa da Hashdex, a partir de dados da B3 e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o aumento de investidores em criptomoedas em 2021 foi de 938%. Ou seja, uma explosão de novos clientes para o setor.
A especialização em criptomoedas, como o Bitcoin e outras centenas de moedas digitais, pode ser um caminho interessante a seguir nos próximos anos. Especialmente porque os investidores precisam ter conhecimento sobre o assunto, proteger seus investimentos, e se livrarem de riscos de fraudes. Além de também ter a capacidade de analisar contratos e participar de negociações que envolvam ativos digitais.