ADVOGADO, você está preparado para gerar e gerir valor na era da hiperconectividade?

Publicado em 24 . 04 . 2025

Helio Moreira

Formado em Publicidade, pós-graduado em Design de Embalagem e em Design Thinking e com especialização em Branding. Em 2011 atuou como consultor de marketing na Revista Exame PME. É membro do Grupo de Jovens Empreendedores do CIESP e palestrante nas áreas de Branding, Design e Marketing. Atualmente também leciona aulas para o MBA em Branding da Trevisan Escola de Negócios, no módulo de Design Thinking aplicado aos negócios. São mais de 15 anos de experiência e sempre que pode Hélio Moreira também colabora com artigos sobre gestão de marcas, marketing e design para o Estadão, Revista Exame PME, Folha de S. Paulo, entre outros veículos.

Em um cenário de constante transformação, onde a informação é abundante, mas a atenção é escassa, uma pergunta se torna inevitável: como se destacar no mercado jurídico sem depender apenas de indicações ou da sorte?

A resposta está em personal branding — a construção estratégica da sua marca pessoal.

Mais do que um diferencial competitivo, o personal branding se tornou uma necessidade para o advogado moderno. Num mundo onde crises globais são constantes, o mercado está saturado e o consumidor está mais consciente e exigente do que nunca, a forma como você é percebido vale tanto quanto seu conhecimento técnico.

O desafio da relevância na advocacia

O ambiente jurídico brasileiro é altamente competitivo. São mais de 1,3 milhão de advogados ativos. Só isso já seria o suficiente para tornar o mercado desafiador. Mas o cenário se agrava com:

  • Crises econômicas recorrentes 
  • Baixa diferenciação entre serviços jurídicos 
  • Crescimento da desconfiança por parte dos consumidores 
  • Digitalização acelerada e necessidade de presença online 
  • Exigência por coerência entre discurso e prática 

Nesse contexto, esperar ser encontrado ou indicado não é mais suficiente. O advogado precisa construir sua própria reputação de forma intencional. E isso se faz com personal branding.

O que é personal branding, afinal?

Personal branding é o processo de tornar visível, desejável e memorável quem você é e o que você representa. Vai muito além de ter um logotipo, um site ou um cartão de visita sofisticado. Trata-se de alinhar sua identidade (quem você é) à sua imagem (como o mercado te percebe) e à sua reputação (como o mercado te valoriza).

No universo jurídico, isso se traduz em:

  • Clareza de especialização 
  • Comunicação com autenticidade 
  • Alinhamento entre propósito, valores e ações 
  • Posicionamento estratégico nos canais certos 
  • Relevância em vez de apenas autoridade técnica 

Por que investir em personal branding é vital para o advogado?

Porque antes de ser admirado, você precisa ser lembrado. E a lembrança vem do impacto emocional e racional que você gera. Num mercado onde o conhecimento jurídico é quase uma commodity, o que diferencia um advogado do outro é sua capacidade de criar conexão, confiança e percepção de valor.

77% dos consumidores afirmam que a reputação da marca é um fator decisivo na hora da contratação.
(Fonte: Marca & Consumo, 2024)

69% das pessoas só apoiam marcas em que confiam.
(Fonte: Edelman Trust Barometer)

Esses dados não se aplicam apenas a grandes marcas corporativas. Eles valem — e muito — para marcas pessoais, especialmente em áreas sensíveis como o Direito.

Personal branding jurídico na prática: exemplos que inspiram

Vejamos nomes que investiram fortemente em personal branding e se tornaram não apenas referências técnicas, mas verdadeiras marcas influentes no meio jurídico:

🔹 Gisele Truzzi

Referência nacional em Direito Digital e Tecnologia. Sua presença online é consistente, seu discurso é claro e suas causas são comunicadas com firmeza. Gisele construiu sua reputação com conteúdo de valor e forte posicionamento em temas emergentes como inteligência artificial e proteção de dados.

🔹 Bruno Bioni

Fundador do Data Privacy Brasil, Bioni é hoje um dos nomes mais lembrados quando o tema é LGPD. Sua marca pessoal está ancorada em autoridade técnica, mas também em presença digital e narrativa educacional.

🔹 Marcel Leonardi

Advogado, professor, escritor e ex-Diretor do Google Brasil. Marcel personifica o personal branding intelectual com linguagem acessível, participação ativa em debates relevantes e um estilo comunicativo firme, porém equilibrado.

🔹 Nelson Wilians

Com uma trajetória poderosa e comunicação de impacto, Nelson é exemplo de como personal branding também pode ser usado para transformar o escritório em uma potência nacional. Ele se posiciona como defensor do acesso à justiça e das causas sociais, conectando sua marca à confiança e ao impacto.

🔹 Escritório Pinheiro Neto

Mesmo sendo uma organização, é impossível ignorar o quanto o escritório investe em personal branding institucional, reforçando seus valores, causas, posicionamento e autoridade de forma consistente. Cada advogado associado também reflete esse branding em sua postura e comunicação.

Esses nomes não esperaram que o mercado os reconhecesse. Eles construíram presença, autoridade e confiança com intencionalidade.

Como começar seu personal branding, advogado?

Aqui está um caminho prático e possível:

1. Descubra sua personalidade de marca

Antes de se posicionar, você precisa se conhecer. Sua marca começa na sua personalidade: seu universo visual e verbal, seus valores, sua forma de pensar e de se expressar.

Personal branding eficaz começa com identidade.

Pergunte-se:

  • O que me diferencia de outros profissionais da minha área? 
  • Quais causas eu defendo? 
  • Qual é o meu estilo de comunicação? 
  • Como quero ser lembrado? 

2. Defina sua especialidade com precisão

Especificidade gera percepção de valor.
Quem tenta falar com todo mundo, acaba sendo ignorado por todos.

Exemplo:

  • Melhor ser o “advogado referência em contratos de startups” do que “advogado empresarial genérico”. 
  • Melhor ser o “especialista em Direito Médico com foco em compliance hospitalar” do que apenas “advogado da saúde”. 

Personal branding forte exige posicionamento claro.

3. Crie uma narrativa consistente

As pessoas não compram o que você faz. Elas compram por que você faz.
Construa sua história com autenticidade:

  • Por que você escolheu essa área? 
  • Quais dores você resolve? 
  • Que transformação você gera? 

Personal branding é storytelling. E no mundo jurídico, contar bem sua trajetória é o que conecta clientes, parceiros e até outros advogados.

4. Invista em presença digital com coerência

Se você não está no digital, você está perdendo relevância.
Mas não adianta estar por estar. Presença sem coerência confunde, não convence.

Checklist do advogado com personal branding ativo:

  • Perfil no LinkedIn com posicionamento claro 
  • Site bem estruturado com tom de voz alinhado 
  • Conteúdos autorais ou de curadoria com propósito 
  • Participações em eventos, podcasts e entrevistas 
  • Aparência visual condizente com sua proposta 

5. Construa autoridade com experiências memoráveis

Personal branding não é autopromoção vazia.
É sobre gerar experiências consistentes e memoráveis em todos os pontos de contato: reuniões, atendimento, WhatsApp, email, palestra, post no Instagram.

A autoridade vem da coerência entre o que você promete e o que entrega.

Personal branding não é vaidade. É estratégia.

Personal branding não é sobre aparecer por aparecer. É sobre tornar-se relevante de forma intencional.

É sobre:

  • Ser visto pelas pessoas certas 
  • Ser lembrado na hora da decisão 
  • Ser admirado por entregar valor real 

E sim, isso impacta muito além do cliente final.
Personal branding também afeta:

  • Sócios e colaboradores 
  • Colegas de profissão 
  • Universidades e centros de pesquisa 
  • Investidores, mentores e a própria mídia 

O papel do estrategista de branding jurídico

O advogado não precisa — e nem deve — fazer isso sozinho.
Ter ao lado um estrategista de personal branding é o que transforma ideias soltas em uma marca forte, viva e coerente.

O papel do especialista em branding para advogados é:

  • Diagnosticar sua marca atual 
  • Construir posicionamento estratégico 
  • Criar uma narrativa de marca sólida 
  • Planejar sua presença nos canais certos 
  • Conectar identidade, imagem e reputação com precisão 

Um exemplo disso é o trabalho de Helio Moreira, especialista em branding jurídico. Com uma metodologia validada e dezenas de cases, Helio ajuda advogados a se posicionarem com autenticidade, a criarem valor para o mercado e a se tornarem marcas desejadas, e não apenas “lembradas quando precisam de um advogado”.

Quer ver quem ele já ajudou? Acesse o canal @heliomoreira_branding

Conclusão: reputação é um projeto de construção constante

Se você é advogado e ainda espera ser encontrado “pelo bom trabalho”, sem investir em presença, diferenciação e posicionamento, é provável que sua marca esteja sendo esquecida no meio do ruído.

Personal branding é o que constrói confiança antes mesmo do primeiro contato.
É o que atrai, engaja, fideliza e transforma seu trabalho em uma referência.

Portanto, pare de competir apenas por preço. Comece a competir por percepção, por conexão e por legado.

Lembre-se:

A reputação não nasce com um logotipo, nem com uma foto de braços cruzados.
Ela nasce de decisões conscientes e ações coerentes.
E cada detalhe comunica: do seu LinkedIn à forma como você fecha um contrato.

Personal branding é o alicerce da sua reputação. E reputação é o novo capital do advogado.

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