Seu negócio se torna uma marca quando?

Publicado em 19 . 01 . 2022

Helio Moreira

Formado em Publicidade, pós-graduado em Design de Embalagem e em Design Thinking e com especialização em Branding. Em 2011 atuou como consultor de marketing na Revista Exame PME. É membro do Grupo de Jovens Empreendedores do CIESP e palestrante nas áreas de Branding, Design e Marketing. Atualmente também leciona aulas para o MBA em Branding da Trevisan Escola de Negócios, no módulo de Design Thinking aplicado aos negócios. São mais de 15 anos de experiência e sempre que pode Hélio Moreira também colabora com artigos sobre gestão de marcas, marketing e design para o Estadão, Revista Exame PME, Folha de S. Paulo, entre outros veículos.

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Três dicas cruciais para desenvolver o seu negócio como marca

Uma lâmina de barbear é chamada de Gillete; Uma esponja de aço é chamada de BomBril; Quem nunca foi ao supermercado com uma listinha na mão e, ao anotar o nome de um produto, se referiu a ele como o nome da marca? Quem fala creme de avelã ao invés de Nutella?

Essas associações só acontecem quando uma empresa, um negócio, conseguem gerar notoriedade para aquele público-alvo, dentro daquele segmento ou em uma determinada área de atuação.

Pode ser em um país, estado, região ou até mesmo bairro. Não importa a localização, muito menos o tamanho do seu negócio. O que importa mesmo é gerar essa notoriedade através de estratégias que aproximem o seu público.

E gerar valor percebido para ele.

Segundo Kotler (2012, p.130) Valor Percebido é “a diferença entre a avaliação que o cliente potencial faz de todos os benefícios e custos relativos a um produto e alternativas percebidas”.

Esse valor percebido é calculado de acordo com todas as atitudes que a marca gera nos principais pontos de contato, embasado por uma estratégia coesa.

Essa estratégia visa causar impacto em consonância com o que a marca deseja gerar junto ao seu público-alvo.

Mas você deve estar pensando: “Ah, mas essas empresas são muito grandes, tem muito dinheiro, uma equipe multidisciplinar para gerar um departamento de marketing, investindo em pesquisas, inovações, etc… Com isso, conseguem atingir o resultado muito mais rápido e com maior eficiência. Blablabla…”

Chega de ser um parasita e ficar hospedando esses pensamentos nada interessantes para quem deseja crescer, prosperar e construir uma marca forte dentro do seu segmento de atuação.

Se você é empreendedor e não desiste nunca, sabe que construir e consolidar um negócio leva tempo. Com certeza também tem noção da importância dos investimentos que fez e faz até aqui.

Seja em equipe, infraestrutura, estoque, maquinário, escritório, matéria prima, tecnologia, entre outros pontos essenciais, para no mínimo oferecer o melhor dentro do seu segmento e para o seu público.

No entanto, apenas estruturar um negócio para se tornar competitivo é muito pouco. Hoje precisamos nos tornar relevantes, não só em todos os aspectos acima mencionados, mas nos aspectos que o nosso público-alvo julga importante.

Ele será impactado por tudo isso. Por esse motivo entender os pontos cognitivos é essencial para construir notoriedade para a sua marca. Veja bem: cognição é uma função psicológica individual ou coletiva filosoficamente conservadora atuante na aquisição do conhecimento, e se dá através de alguns processos, como percepção, a atenção, associação, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem.

Para construir essa relevância cognitiva e tornar-se uma marca forte e lembrada por todos, é preciso reunir a base intelectual essencial para gerar percepção, manter a atenção e impactar a memória desse público.

Essa memória pode ou não estar interligada aos processos superiores de linguagem, tais como inteligência, tomada de decisão e raciocínio. Ou seja, para fortalecer a sua marca, será muito importante você dedicar um bom tempo para diagnosticar os pontos de associação de valor, que partem da análise de dados de todo seu fluxo de conexão com os públicos.

Não só externos (consumidores finais/potenciais compradores), mas de todos os públicos que se envolvem e muitas vezes são os pontos de contato essenciais para a construção dessa marca.

O público interno (funcionários), como também os parceiros, fornecedores, etc… Todos eles fazem parte da percepção positiva que desejamos construir.

Ao reunir informações e ter um melhor entendimento de como estão esses pontos de contatos, juntando toda essa base de dados em mãos, embasada em pesquisas de profundidade sem “achismos”, conseguimos estabelecer estratégias que façam mais sentido, o que torna possível oferecer ao cliente o que ele procura, como ele deseja receber e no momento em que ele resolver buscar esse produto/serviço.

Seja na internet, no shopping center, na rua principal do comércio da sua cidade, entre as ruas do bairro onde você mora, não importa onde. Mas sim como, quando e onde ele estiver entrando em contato com a sua marca.

Será importante que ela assuma o controle para poder impactar esse potencial cliente, com as ações de comunicação e marketing essenciais. Para que nesse momento de contato, o consumidor sinta a necessidade e principalmente compreenda que aquele produto/serviço é a melhor solução para os seus problemas.

E, ao adquirir esse produto/serviço, ele tenha uma experiência incrível, fascinante, esplêndida, de forma que ele guarde na memória e compartilhe esse momento (produto/serviço) com todos aqueles que procuram a mesma solução para o mesmo problema que ele.

Não. Não é só criar um logotipo com uma identidade visual impactante. Ou uma embalagem atraente com um website ou e-commerce com um template padrão.

Será preciso construir toda uma estratégia embasada na cognição e percepção que o público entender ser ideal, nos aproximando através de uma linguagem visual, verbal, sensorial, em todos os principais pontos de contato.

A ideia é construir uma mensagem única, exclusiva, que se aproxime e contribua para a construção da imagem que desejamos transmitir, fortalecendo nossa notoriedade e como consequência ser referenciado como uma marca forte pelo nosso público.

Todo esse processo que mencionei acima está atrelado ao processo de Branding (construção e gestão de marca). Contribui para que as estratégias embasadas pelas questões cognitivas sejam construídas com eficiência, visando gerar maior valor percebido.

Isso pode ser construído por você e sua equipe, como também com a colaboração de um consultor estrategista experiente, que vem de fora, com um olhar mais amplo e menos enviesado.

Este profissional está embasado com uma metodologia que pode ajudar a organizar e coletar as informações com mais eficiência e em menos tempo.

Assim como consolidar todas as etapas essenciais, de forma mais profissional. O importante é fazer a escolha certa, no momento certo e com as pessoas certas. Afinal, é a sua marca que deseja construir.

Invista de forma consciente.

Aqui estão algumas dicas valiosas para ajudá-lo a construir maior notoriedade, relevância e identificação com o seu público.

1 – NOTORIEDADE (Brand Awareness) construindo Percepção para a marca

A pergunta mais à frente é sobre como medir o quanto uma marca pode influenciar a decisão de compra de um público, e de que forma isso acontece? Como sabemos, estamos falando de uma dimensão intangível.

O que posso compartilhar aqui é que, quanto mais impactante, comunicativa a sua marca for, criando ações estrategicamente bem pensadas para despertar lembranças positivas para o seu público-alvo, maior será sua relevância no da mesma no mercado.

Você ainda está pensando em como vender mais? Comece a pensar porque não vende mais.

2 – Construir NOTORIEDADE (Brand Awareness) no universo digital

Com a grande maioria das pessoas conectadas, não temos como ficar de fora da internet. Com a chegada do 5G tudo vai ficar ainda mais rápido. Assim como foi a adaptação das pessoas com o trabalho home office na Pandemia. O ensino EAD, DELIVERY, entre outros serviços/produtos que muitos diziam que demoraria para acontecer. Quem aí nunca usou o iFood? Podemos dizer que esse aplicativo de entregas se tornou uma MARCA hoje?

A tecnologia e as ferramentas digitais ajudaram muitos negócios a sobreviverem na Pandemia. Muito tiveram que se reinventar. Manter-se conectado foi a única forma de dialogar com o seu público-alvo e em muitos casos chegar até ele. Ou seja, estar conectado nos canais para ganhar relevância com o seu público-alvo tornou-se essencial. E, não estou falando de ficar postando qualquer tipo de conteúdo em suas redes sociais, não faça uma identidade qualquer, não crie uma comunicação escrita sem um contexto. Procure se POSICIONAR de uma forma única, com um grande diferencial, com bons argumentos, muito bem direcionados. Quem quer ser tudo, falar de tudo, saber de tudo, no final não será lembrado por nada.

3 – Estude seu mercado, público e se POSICIONE

Criando uma estratégia coerente com a necessidade e desejo do seu público-alvo. Direcionar e segmentar esse público, pode ajudá-lo a amotinar tempo e dinheiro. Não queira se posicionar como churrascaria e vender rodízio de massa e sushi. Isso é o que mais vemos por aí.

Analise o mercado, faça pesquisas bem embasadas, analise as deficiências do mercado, assim como as dores do público. Olhe para a região onde está e abra a cabeça, procure enxergar o que os concorrentes não conseguem ver. Às vezes ficamos olhando para dentro, com um olhar viciado. Seja provocativo. Se não conseguir, contrate profissionais que ajudem você nesse processo. Os questionamentos ajudam a abrir novas reflexões, analisar o problema por uma outra ótica. Ouse mais.

Que tal começar a traçar sua estratégia da sua marca agora mesmo? Tem todo um processo acima a seguir, sabemos disso, mas o importante é começar. Você pode sair na frente, pois desistir nunca foi o seu forte. Vamos colocar a mão na massa agora.

*Artigo escrito por Helio Moreira, da NEWGROWING. A NewGrowing Eleva conversas e cria experiências de marca enriquecedoras para pequenos e médios negócios que desejam alcançar o sucesso.

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